
O que fazer em Astúrias, Espanha – Roteiro Completo de 8 Dias
Uma região encantadora no norte da Espanha, situada entre a Galícia e a Cantábria, um paraíso natural. Venha viajar comigo e descobrir o que fazer nas Astúrias. A capital da região das Astúrias é Oviedo, mas outras cidades também merecem destaque, como Gijón e Avilés, que são ótimas opções e lugares lindos para conhecer.
Por lá, prepare-se para se impressionar com paisagens deslumbrantes, praias e baías escondidas, montanhas, parques naturais, além de vilarejos charmosos e cidades históricas. Além disso, a culinária típica da região também é um destaque à parte — diferente de outras regiões da Espanha — e deliciosa!
Vale lembrar, ainda, que as Astúrias têm um papel essencial na história do Caminho de Santiago — muitas peregrinações têm início por ali,
Na minha experiência, essa foi uma viagem completamente diferente de tudo que já vivi na Europa: muita caminhada ao ar livre, contato direto com a natureza e uma imersão profunda na cultura local. Em resumo, foi daqueles roteiros que renovam a alma!
Venha descobrir o que fazer nas Astúrias comigo em um roteiro fantástico de 8 dias.
Como chegar às Astúrias?
No meu caso, por exemplo, eu estava vindo de Cork, na Irlanda. Primeiramente, peguei um voo para Barcelona, onde passei alguns dias visitando uma amiga, e em seguida segui de avião até Oviedo, no centro da região.
Quer conhecer Barcelona? Então confira o roteiro completo de 5 dias aqui!
Se você estiver saindo de Dublin, também é possível voar até Santander (na Cantábria) e, de lá, alugar um carro ou pegar um ônibus até o seu destino nas Astúrias.
Se você estiver saindo de Dublin, então também é possível voar até Santander (na Cantábria) e, a partir daí, alugar um carro ou pegar um ônibus até o seu destino nas Astúrias.
Para quem vem do Brasil, uma alternativa interessante é voar até Madri ou Barcelona e, a partir dessas cidades, explorar uma rota diferente: você pode alugar um carro, pegar um voo doméstico ou até mesmo fazer uma viagem de trem até a região. Dessa forma, é possível conhecer um lado menos turístico da Espanha — e ao mesmo tempo, fazer parte de um trajeto essencial do Caminho de Santiago, especialmente o Caminho Primitivo, uma das rotas mais antigas e desafiadoras do percurso.
Para pesquisar trens e passagens pela região, vale a pena conferir a OMIO — já usei várias vezes e sempre funcionou super bem. Assim, você pode comparar rotas e preços com facilidade!
Onde se hospedar nas Astúrias?
Durante minha viagem, fiquei hospedada em Pola de Laviana e passei alguns dias em Gijón — tive a sorte de contar com amigos queridos que moram por lá e que tornaram a viagem mais especial.
Melhores cidades e vilarejos para montar base ao visitar a região das Astúrias.
Minha dica é que você escolha sua hospedagem de acordo com o tipo de experiência que deseja ter.
Para quem gosta de cultura e movimento:
Oviedo ou Gijón são boas ideais. Ambas oferecem boa gastronomia, museus, fácil acesso a outras cidades e uma boa infraestrutura com muito o que fazer em Asturias. Também podem ser boas opções para quem vai ficar pouco tempo e não deseja alugar carro, pois os principais tours partem de lá.
Para quem busca natureza e tranquilidade:
As melhores opções estão próximas aos Picos da Europa, como Cangas de Onís, Bulnes ou Sotres. São ótimos pontos de partida para trilhas, rios e vistas incríveis.
Para quem quer curtir o litoral:
Se você for no verão, pode optar por se hospedar em vilarejos costeiros com praias selvagens e baías escondidas, como Cudillero, Luarca e Lastres — todos com aquele charme de cartão-postal.
Precisa alugar carro nas Astúrias?
Sim! Eu recomendo fortemente alugar um carro. Isso vai facilitar muito a sua locomoção, especialmente se você quiser visitar praias isoladas, parques naturais e vilarejos que não têm boa conexão com transporte público.
Para ver opções, pesquisar preços e locadoras, acesse aqui!
Se você não for alugar carro e tiver poucos dias para explorar, uma alternativa prática é contratar tours privados para os principais pontos da região, como os Lagos de Covadonga. Também é possível visitar as cidades principais utilizando ônibus.
Qual a melhor época para visitar as Astúrias ?
Eu fui em maio, na primavera (de abril a junho), e, apesar de ter pegado alguns dias de chuva, achei uma época ótima — especialmente se, como eu, você quiser aproveitar um pouco de tudo. Além disso, a natureza está especialmente vibrante, as flores aparecem por toda parte e as temperaturas são agradáveis. Com isso, dá para fazer trilhas, visitar praias e apreciar os vilarejos sem o calor excessivo nem as multidões do verão.
O verão na Europa acontece em julho e agosto, e por isso, pode ser ideal para quem quer aproveitar o litoral. Os dias são longos, o clima é mais seco e há várias festas locais. No entanto, é alta temporada, o que pode deixar os preços um pouco mais elevados.
Já em setembro e outubro, o clima ainda é agradável, embora comece a ficar um pouco mais chuvoso. Por outro lado, as paisagens ganham tons dourados lindíssimos, e o turismo rural pode ser uma excelente pedida.
Se a sua ideia for ver neve nas montanhas dos Picos da Europa e fazer um turismo mais histórico, então o inverno (de novembro a março) pode ser interessante. Ainda assim, não é uma boa época para trilhas ou praias.
Dia 1 – Cudillero, Playa del Silencio, Luanco e Cabo de Peñas
Cheguei por Oviedo bem cedo. Minha amiga foi me buscar, mas o tempo ainda não estava muito bom. Por isso fomos a cidade para tomar um belo café da manhã.
Cudillero – Um cartão-postal em Astúrias

Um lugar que parece ter saído de um cartão-postal. Um pequeno vilarejo de pescadores, com casinhas coloridas empilhadas em uma encosta, de frente para o mar Cantábrico. Uma joia escondida nas Astúrias — e uma das minhas paradas favoritas da viagem!
Por lá, primeiramente, tomamos café da manhã com tudo bem fresco e em seguida passeamos pela Plaza de La Marina, a praça central do vilarejo, cercada de restaurantes e casas coloridas.
Além disso, além da vista encantadora do mar e das casinhas coloridas nos morros, uma das experiências mais especiais que tive em Cudillero foi caminhar por um antigo caminho mineiro que liga o porto à parte mais alta da vila.
Esse caminho, repleto de história, passa por túneis estreitos e passagens construídas entre as rochas. Antigamente, era usado por mineradores e pescadores locais como rota de acesso entre o mar e o centro do vilarejo. Hoje em dia, está aberto ao público e oferece uma perspectiva diferente e super autêntica da cidade, além de vistas lindíssimas da costa.
A caminhada é leve e pode ser feita com calma, assim, é possível tirar fotos e curtir cada cantinho. Para quem gosta de conhecer o lado mais rústico e menos turístico dos lugares, esse trajeto é uma ótima pedida!
Em seguida, também andamos pelo porto e seguimos para o Mirador de la Garita (ou Mirador del Pico), que oferece uma vista panorâmica da vila com o mar ao fundo.
Por fim, seguimos para o Punto de Vista (Salida de Cudillero/Cuideiru), de onde se tem uma vista incrível do mar — super recomendo!
Praia del Silencio

A Praia del Silencio está localizada no município de Cudillero, escondida entre falésias impressionantes, pedras e vegetação densa. Com suas águas cristalinas em tons azul-esverdeados, é considerada uma das mais bonitas de toda a Espanha.
No entanto, infelizmente, o tempo não estava bom, então fomos apenas conhecer o local. Mesmo assim, confesso que fiquei com muita vontade de voltar em um dia ensolarado!
Dica da Ana:
É preciso fazer uma caminhadinha até a praia e, além disso, não há estrutura para comprar água ou comida. Portanto, leve sua própria comida e vá com sapatos confortáveis.
No meu caso, valeu super a pena passar por lá, pois pude tirar umas fotos, fazer uma caminhada e curtir a paisagem enquanto ouvia o som do mar.
Luanco
Em seguida, fomos para Luanco, onde almoçamos no restaurante El Muelle, um bar mais voltado para tapas — o que eu simplesmente adoro, pois dá para experimentar um pouco de tudo da comida típica!
Durante a refeição, comemos uma tábua de queijos típicos da Calábria, chorizo a la sidra (um embutido bem temperado e cozido com cidra asturiana, típica da região) e bocartes (anchovas frescas empanadas e fritas servidas como petiscos).
Depois disso, aproveitamos também para conhecer o centro histórico, que, felizmente, é super bem preservado..
Além disso, visitamos a Igreja de Santa María e a costa de Luanco, construções que datam entre os séculos XVII e XVIII. A construção de pedra, com elementos barrocos simples, tem um charme especial com a paisagem costeira ao redor.

Ao redor da igreja, você terá uma bela vista da costa. Além disso, o cenário pode mudar bastante dependendo da maré. Já a praia de Luanco (ou Playa de La Ribera) é bem calma e acessível, por isso, ideal para quem está explorando a cidade a pé e quer relaxar após o almoço.
Dessa forma, passamos um tempo por lá, aproveitando para caminhar, conversar e colocar as novidades em dia — além de fazer a digestão!
Cabo de Peñas
Mais tarde, o sol apareceu um pouco e, por isso, seguimos para o Cabo de Peñas — o ponto mais setentrional do Principado das Astúrias. Lá, o local oferece falésias dramáticas, mar agitado e uma vista panorâmica incrível do Mar Cantábrico.

Primeiramente, o Farol do Cabo de Peñas: construído em 1852, ainda está em funcionamento e abriga um pequeno centro de interpretação ambiental, com exposições sobre a vida marinha e a geologia da região.
Os horários são:
- Outubro a março: Segunda a domingo, das 10h00 às 13h40 e das 16h30 às 17h40
- Abril a setembro: Segunda a domingo, das 10h30 às 13h10 e das 16h30 às 18h40
O ingresso custa cerca de 1 euro, vendido na hora.
Além disso, há mirantes e trilhas curtas: vários caminhos sinalizados ao redor do farol oferecem vistas espetaculares.
Também é possível observar formações rochosas e enseadas escondidas: dependendo da maré e do ângulo, dá para avistar pequenas praias selvagens e formações esculpidas pela erosão do vento e do mar.
Importante: leve sapatos apropriados para trilha — o terreno é rochoso e pode escorregar.
No nosso caso, como o tempo variava entre sol e chuva, fizemos uma trilha curta, mas mesmo assim deu para ver paisagens lindas e curtir muito o local.
Se estiver na região por pouco tempo e não quiser alugar carro,você pode contratar uma excursão para esses locais. Vi alguns ônibus de excursão por lá e recomendo um passeio saindo de Oviedo que inclui Cudillero, Avilés (uma das principais cidades da região) e o Farol de Cabo de Peñas.
Pola de Laviana
Por fim, fomos até Pola de Laviana, a cidade onde minha amiga mora. Trata-se de uma cidade pequena, com raízes na época romana e que mantém uma forte conexão com a terra e práticas agrícolas tradicionais.
Além disso, é uma delícia caminhar por lá, pois é possível apreciar construções antigas, ruas tranquilas e uma atmosfera interiorana cheia de qualidade de vida e simplicidade.
Durante o passeio, não deixe de passar pela Prefeitura de Pola de Laviana, situada no centro da cidade, em um prédio funcional e típico das cidades pequenas das Astúrias. Da mesma forma, também vale a pena visitar a Igreja de San Nicolás de Bari, uma construção religiosa que reúne elementos góticos e barrocos.
A noite em Pola de Laviana

Algo que não pode faltar no seu passeio pela região é provar a famosa cidra asturiana, uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação do suco de maçãs.
No meu caso, eu experimentei a bebida em Pola de Laviana, uma vez que ficaríamos ali para dormir e não precisaríamos dirigir — ou seja, momento ideal! Para isso, fomos à Sidrería Nalón, localizada bem no centro da cidade.
O mais curioso é que a cidra é servida de uma forma bem diferente do que estamos acostumados. Enquanto isso, o sidreiro (a pessoa que serve a bebida) segura a garrafa bem no alto com uma mão e despeja o líquido em um copo baixo, que fica na altura da cintura, formando assim um filete de sidra que cai de longe. Essa técnica, além de chamar atenção, ajuda a bebida a ganhar bolhas e oxigênio, o que realça seu sabor e aroma.
A cidra asturiana é fresca e natural, sem gás adicionado. As bolhas surgem justamente no momento do “escanciado” e somem rapidamente — por isso, ela deve ser bebida logo após ser servida, para manter o sabor e a leve efervescência.
A bebida é bem leve e, se estiver entre amigos, você acaba bebendo e conversando sem nem perceber o tempo passar. Você pode ver a sidra sendo servida no meu Instagram!
Se quiser continuar o dia, logo em frente à sidrería está o Bar Vila Blanca, com um ambiente super agradável e comandado pela dona brasileira, Eva — uma querida que com certeza vai te arrancar boas risadas!
A cidade é um pueblo: uma vila pequena, com uma comunidade tranquila, tradicional e muito simpática. Um lugar ótimo para curtir a noite.
Dica da Ana
Por lá, é muito difícil encontrar alguém que fale inglês. Se você não fala espanhol (como eu), tente o português — eles vão tentar te entender e ajudar. Ou vá com uma amiga local, como eu fui 😄
Dia 2 – Um dia no Desfiladero de Los Arrudos – Trilha, chuva e charme em Astúrias

Como havíamos bebido na noite anterior, começamos o dia com mais calma. A paisagem vista da janela da casa da minha amiga estava perfeita para iniciar o dia em meio à tranquilidade e à natureza e decidimos ir fazer uma trilha: o Desfiladero de Los Arrudos.
Esse desfiladeiro fica dentro do Parque Natural de Redes, em Asturias, e é um destino maravilhoso para quem ama caminhadas, natureza, paisagens deslumbrantes, cascatas e florestas.
Existem duas trilhas principais por lá:
Caleao – La Fontona: tem cerca de 6 km (somente ida) e leva aproximadamente 2 horas. É considerada fácil, ideal para iniciantes e famílias.
Caleao – Lago Ubales – La Infiesta: essa é mais longa, com 22 km (ida) e dura cerca de 8 horas. O percurso é mais exigente, com subidas íngremes e terrenos variados, recomendado para caminhantes experientes. A recompensa? O incrível Lago Ubales, a 1.690 metros de altitude, com vistas espetaculares do Pico Cascayón.

Nós fomos com a intenção de fazer a trilha mais curta, principalmente porque eu sou iniciante e não estava com o calçado mais adequado. Mesmo assim, levamos alguns lanchinhos para garantir que não passaríamos fome.
Mas… acabamos nos empolgando!
Nos perdemos um pouco, seguimos adiante e acabamos ficando muito mais tempo do que havíamos planejado. Pelo caminho, encontramos vacas, lagos, cascatas e muito mais. Quando percebemos, já haviam se passado seis horas!
Pegamos um pouco de chuva, porém isso não atrapalhou em nada — o dia estava lindo e a experiência foi simplesmente deliciosa.
E, apesar de ser iniciante, adorei estar em contato com a natureza e aproveitar a companhia.
Dica da Ana:
Se você é iniciante como eu, tome alguns cuidados:
- Não vá sozinha.
- Use calçados adequados — a trilha pode escorregar.
- Se for fazer um percurso mais longo, vá com guia.
Você pode encontrar Guias locais em Calão / Centro de Redes
Como estávamos cansadas depois da trilha, não exploramos muito mais naquele dia. Mas, se você fizer apenas a trilha de 2 horas e tiver tempo, recomendo um piquenique e, depois, uma visita ao:
Museo de la Minería y la Industria de Astúrias
Infelizmente, eu não consegui visitar, mas minha amiga que mora na região disse que é uma experiência imperdível. O museu permite explorar antigas galerias de carvão e vivenciar como era a vida dos mineradores asturianos.
Além disso, é possível descer até 600 metros de profundidade em um elevador mineiro e, assim, conhecer recriações realistas das atividades, como o uso de picaretas, máquinas de escavação e, inclusive, até andar em um trem subterrâneo usado pelos trabalhadores.
Horários de funcionamento:
- Novembro a fevereiro: terça a sábado, das 10h às 14h e das 16h às 19h; domingos, das 10h às 14h.
- Março a outubro: terça a domingo, das 10h às 14h e das 16h às 19h.
- Verão (1º de julho a 30 de setembro): terça a domingo, das 10h às 20h, sem pausa.
Fechado: segundas-feiras, 1º e 6 de janeiro, tardes de 24 e 31 de dezembro e dia 25 de dezembro.
Ingressos: variam entre €3,50 e €5,50, podendo ser comprados na hora.
Ah! Se puder, aproveite para visitar também Sotrondio e Blimea — duas cidades pequenas, cheias de charme e muito importantes para a região das Astúrias. Vale a pena caminhar pelo centro e sentir o clima local!
Dia 3 – Vilarejos charmosos e imersão local
Como caminhamos bastante no dia anterior, infelizmente acabamos não explorando o Parque Natural das Redes, que é reserva da biosfera pela UNESCO desde 2001. Por esse motivo, decidimos voltar à região para conhecer melhor.
Além disso, além das trilhas, lagos e da natureza super preservada, o parque também abriga vilarejos encantadores, que definitivamente valem a visita.
Tanes
Tanes é uma vila pequena e encantadora, localizada às margens do embalse de Tanes (um reservatório rodeado por montanhas). O cenário é cinematográfico — perfeito para uma caminhada tranquila e algumas fotos. O vilarejo faz parte do Parque Natural de Redes, então não estranhe se vir vacas pastando ao lado da igreja ou escutar sinos ecoando pelas colinas.

Rioseco
É uma vila com um pouco mais de estrutura, onde você pode aproveitar para visitar o Centro de Recepción del Parque Natural de Redes, que traz informações sobre a fauna e flora da região.
A entrada é gratuita. Lá, você encontra:
- Exposição permanente (duração aproximada: 15–20 min) sobre geologia, flora, fauna e cultura local, com painéis interativos, jogos e projeções audiovisuais.
- Sala de projeções com filmes curtos (12–15 min) em espanhol e inglês.
- Mapas, rotas e informações práticas, além de venda de lembranças, serviços de educação ambiental e apoio para trilhas guiadas.
Horários:
- Temporada alta (1 de junho a 30 de setembro, incluindo Semana Santa):
Segunda a sábado: 10h às 14h e 15h às 18h30 (algumas fontes apontam até às 19h)
Domingo: 10h às 14h e 16h às 18h/18h30
- Temporada baixa (1 de outubro a 31 de maio):
Terça a sábado: 9h às 14h e 16h às 18h
Domingo: 9h às 14h
Segunda-feira: fechado
El Condado
El Condado é uma vila medieval pouco conhecida, mas cheia de surpresas. Ao caminhar por suas ruazinhas, é como entrar num cenário antigo. Além disso, as casas de pedra, muitas com sacadas floridas, refletem a arquitetura tradicional asturiana. Se tiver tempo, vale buscar histórias locais: algumas famílias vivem aqui há gerações, mantendo tradições vivas, como a produção artesanal de queijos e conservas.
No roteiro original, faríamos outra trilha, como a Ruta del Alba, ou conheceríamos Bulnes, uma cidade pitoresca próxima aos Picos de Europa. Entretanto, como os planos mudaram e o tempo não estava muito favorável para trilhas, decidimos então conhecer Avilés.
Avilés
Fomos conhecer Avilés, uma cidade que tem origens medievais e que, consequentemente, prosperou especialmente nos séculos XVII e XVIII como um importante porto comercial. Em seguida, no século XX, passou por um intenso processo de industrialização, o que acabou conferindo à cidade um perfil mais operário. No entanto, nos últimos anos, Avilés vem investindo fortemente na revitalização cultural e urbana, transformando, assim, antigos espaços industriais em centros criativos e áreas verdes.

Por lá, você poderá visitar:
- Centro Niemeyer
Um dos maiores atrativos modernos da cidade, esse centro cultural foi projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. Com formas futuristas e brancas, contrasta com o restante da arquitetura local e abriga exposições, concertos, cinema e eventos culturais. É o único projeto de Niemeyer na Espanha.
- Casco Histórico (Centro Histórico)
É um dos centros urbanos medievais mais bem preservados do norte da Espanha. Com ruas de paralelepípedo, varandas floridas e construções coloridas, é ideal para caminhar sem pressa. Por lá, você encontra igrejas, praças animadas, bares de sidra e lojas locais.
- Iglesia de San Nicolás de Bari
Um dos edifícios religiosos mais antigos da cidade, com origem no século XIII, em estilo românico. O interior é simples, mas cheio de história.
- Parque Ferrera
Um grande parque urbano ideal para caminhadas, piqueniques e descanso. Fica próximo ao centro histórico e é muito frequentado pelos moradores.
- Puerto de Avilés
O porto ainda é uma parte vital da cidade, tanto para atividades industriais quanto de lazer. Hoje em dia, a zona portuária passa por revitalizações e já conta com bares, restaurantes e espaços culturais.
Neste dia, comemos em um restaurante muito bom chamado Ronda 14 Avilés. O restaurante tem culinária nikkei — pratos que mesclam técnicas japonesas com ingredientes peruanos e asturianos (ex: ceviche nikkei, gyozas criollas, gunkan de ovo trufado).
A experiência foi divina e comemos muito bem, vale a pena conhecer.
Dia 4 – Rota de praias imperdíveis em Astúrias
Depois de alguns dias de tempo instável, o sol apareceu e aproveitamos para conhecer praias incríveis na região de Llanes.
Como o sol só abriria depois das 10h e saímos cedo, conseguimos visitar várias praias e parar naquela que mais gostei: a Praia de Torimbia.
Praia de Toranda – Um paraíso escondido em Astúrias
A primeira parada foi na Praia de Toranda, uma praia muito bonita e tranquila, além de cercada por paisagens naturais impressionantes. Com efeito, com uma faixa de areia fina e dourada, a Toranda fica em uma baía protegida, o que proporciona águas claras e calmas — ideais para nadar e relaxar.
Para chegar até lá, o acesso à praia é feito por uma trilha curta, com uma descida que exige um pouco de atenção. No entanto, a caminhada já faz parte da experiência, pois o caminho passa por vistas panorâmicas maravilhosas até chegar ao mar.
Além disso, como o dia ainda estava nublado, ficamos nessa praia por uma ou duas horas praticamente sozinhos — era como se fosse uma praia exclusiva só para nós. Dessa forma, aproveitamos o som do mar e observamos as belas formações rochosas.
Mirador de Torimbia: vistas incríveis do verão asturiano
Em seguida, seguimos para a Praia de Torimbia, fazendo primeiro uma parada no Mirador de Torimbia, que é ótimo para fotos pela manhã.
A essa altura, o sol já brilhava forte, e por isso fizemos um piquenique com vista para ambas as praias — Torimbia e Toranda — além de uma paisagem panorâmica da costa leste e oeste das Astúrias.
Além disso, este também pode ser um ótimo local para apreciar o pôr do sol — fica aí a minha sugestão.

Praia de Torimbia
Com uma beleza natural marcante e um ambiente tranquilo, essa praia é semi-selvagem e nudista, sendo considerada uma das melhores praias naturistas da Espanha.
O acesso é feito por um caminho estreito de areia. A caminhada até a praia leva cerca de 15 a 20 minutos, descendo por um terreno que oferece vistas panorâmicas incríveis do mar.
Durante o verão, há um chiringuito (barraca de praia) que serve pratos típicos da culinária asturiana, como paella de frutos do mar. Porém, fora da alta temporada, é bom levar comida e bebida, pois a praia não conta com infraestrutura.
Praia Cueva del Mar
Essa praia é conhecida por suas formações rochosas únicas, com cavidades e túneis esculpidos pelo mar — um verdadeiro espetáculo kárstico.
Dizem que ela fica ainda mais bonita no meio da tarde, quando o sol incide diretamente nas formações rochosas.
Por lá, você encontrará mais infraestrutura: estacionamento amplo, duchas, área recreativa e serviço de salvamento diário entre 14 de junho e 8 de setembro. Pode ser ideal para quem está com crianças ou prefere locais com mais estrutura.
Praia de Gulpiyuri : a praia mais curiosa das Astúrias
Finalizamos o dia com uma praia que é uma verdadeira curiosidade natural (ideal para visitar com maré alta ou média).
A Playa de Gulpiyuri é uma praia interior, com cerca de 40 metros de comprimento, formada por uma dolina — uma depressão geológica que se enche com água do mar através de uma caverna subterrânea conectada ao Mar Cantábrico. É, portanto, uma praia de água salgada, com ondas suaves, mas sem acesso direto ao mar.

Eu, particularmente, achei essa praia muito curiosa. Ela fica à beira da rodovia: você deixa o carro, caminha entre plantações e, de repente, encontra a praia. Ela é super pequena, ideal para quem está com crianças.
Não era o nosso caso, e não é uma praia para onde eu voltaria sempre, já que não é ideal para ficar relaxando. Mas achei fascinante ver como a mãe natureza cria esses lugares únicos.
Depois de lá fomos para Gijón, onde passaríamos a noite para sair cedo para um passeio imperdível.
Gijón: caminhadas pela orla e atrações urbanas

À noite, em Gijón, fomos jantar e aproveitar para conhecer a cidade iluminada. De fato, Gijón tem uma vida noturna animada, especialmente no bairro Cimavilla, ao longo da Orla Marítima, com muitos bares e música ao vivo.
Além disso, vale conhecer a Plaza Mayor, o porto antigo e o Cerro de Santa Catalina, que oferece uma vista linda da cidade e do mar.
Durante a visita, provamos a fabada asturiana, um prato tradicional muito querido na região das Astúrias. Trata-se de uma espécie de feijoada feita com feijão branco e carnes defumadas, que resulta em um prato bem saboroso e reconfortante.
Depois andamos pelo centro e pela orla da praia, no entanto, estavamos cansadas e logo fomos dormir.
Dia 6 – Explorando os Picos de Europa e Covadonga nas Astúrias
E, sem dúvida, há um lugar icônico nas Astúrias que merece destaque: os Picos de Europa. De fato, essa cadeia montanhosa espetacular se estende pelas comunidades autônomas das Astúrias, Cantábria e Castela e Leão.
Além disso, o Parque Nacional dos Picos de Europa, criado em 1918, abriga montanhas calcárias dramáticas, desfiladeiros profundos, lagos glaciais, vilas de pedra preservadas e antigos caminhos de peregrinação. Portanto, é um paraíso para os amantes da natureza e das trilhas.
Com efeito, com cerca de 20 km de extensão de leste a oeste, os Picos de Europa impressionam também pela altitude — o ponto mais alto é o Torre de Cerredo, com 2.648 metros.
Assim, se você estiver na região, não pense duas vezes: recomendo fortemente visitar Covadonga, um dos lugares mais simbólicos do parque. Além do mais, vale a pena reservar o dia inteiro para explorar a área com calma e aproveitar cada paisagem.
Lagos de Covadonga

O Lago Enol e o Lago Ercina são dois lagos glaciais deslumbrantes, cercados por picos imponentes e pastos verdes. De fato, eles formam um dos cenários mais icônicos dos Picos de Europa, sendo perfeitos para fazer trilhas curtas, apreciar a paisagem e, ao mesmo tempo, tirar fotos incríveis.
Além disso, as trilhas ao redor dos lagos são fáceis, bem sinalizadas e ideais para quem quer explorar a natureza com calma, sem grandes dificuldades.
Vale destacar que, localizados a cerca de 12 km acima do Santuário de Covadonga, os lagos são acessíveis de carro ou mesmo por transporte regulado durante a alta temporada, e por isso, valem totalmente a visita.
Como chegar no Lagos Covadonga?
Se estiver de carro, é importante saber que o acesso é restrito em certos horários, dependendo do número de visitantes, já que as curvas são bem fechadas e, portanto, é fundamental dirigir com muita cautela. Nesses casos, existem quatro estacionamentos onde você poderá deixar o carro e, a partir daí, pegar ônibus ou transfers que levam até o local.
No meu caso, eu estava com dois amigos e pegamos um transfer que custou 12 euros para cada um. Primeiro, deixamos o carro no estacionamento 4 e em seguida compramos o bilhete na hora. Vale lembrar que, como não fui durante o verão, isso foi possível; porém, se for em alta temporada, pode ser muito importante reservar com antecedência.

Se estiver na região por poucos dias, com toda certeza recomendo que inclua este passeio na sua lista. Existem vários tours que você pode optar, que incluem guia, dia inteiro ou apenas algumas horas, mas recomendo reservar o dia todo para esta região do Parque Nacional dos Picos de Europa.
Ficam aqui algumas sugestões:
Eu fui no meio de março e, apesar de estar cerca de 24 graus, ainda era possível perceber os picos cobertos de neve.
Após a visita aos lagos, algumas trilhas e várias fotos, decidimos almoçar no restaurante ali em cima mesmo. O melhor é que o menu do dia, por 20 euros, estava muito bom, incluindo salada, prato principal, sobremesa e ainda bebida.
Santuário de Covadonga
O Santuário de Covadonga é um complexo religioso que atrai visitantes pela sua importância histórica e beleza única. Ele está ligado à vitória cristã na Batalha de Covadonga, no século VIII — considerada o início da Reconquista da Península Ibérica.
Basílica de Santa María la Real de Covadonga
Erguida em meio à imponência dos Picos da Europa, a Basílica de Santa María la Real de Covadonga parece ter saído de um conto. Com sua fachada em pedra rosa, torres gêmeas e estilo neorromânico, ela se destaca com elegância entre o verde das montanhas asturianas.

A basílica foi construída no final do século XIX, entre 1877 e 1901, como homenagem ao lugar sagrado onde a Virgem apareceu e onde teria ocorrido a Batalha de Covadonga.
Por lá, ainda são realizados casamentos; inclusive, no dia em que fomos, estava acontecendo um, e esperamos a cerimônia acabar para conhecer o interior da igreja.
Aqui vai uma curiosidade: o tempo de espera para se casar nessa basílica pode ser de mais de 5 anos, e os custos atuais ficam entre 300 e 500 euros, excluindo serviços adicionais como música, decoração e flores.
Você esperaria 5 anos para se casar aqui?
Santa Cueva de Covadonga
Um santuário escavado na rocha, com uma imagem da Virgem de Covadonga (La Santina), padroeira das Astúrias, e uma pequena capela com vista para uma cachoeira. Tudo muito bonito e muito interessante de conhecer.
A Fonte dos Sete Bicos – “La Fuente de los Siete Caños”
Localizada sob a Santa Cueva, uma pequena gruta com uma escadinha de pedra, a água cai por sete bicas que representam pureza e bênçãos.

Dizem que a moça que bebe dessa fonte se casa dentro de um ano.
Por isso, muita gente vai até lá por curiosidade ou fé — e, claro, muitos turistas acabam testando a sorte (ou brincando com ela 😄).
No meu caso, bebi da fonte… agora vamos ver o que o destino me reserva!
Além disso, a amiga que estava comigo também bebeu, e aproveitamos para jogar um pouco de água em outro amigo que estava conosco.
Segundo a lenda, funciona mesmo assim, só espirrando! Então, agora, que a sorte esteja lançada…
quem você acha que casa primeiro?
Túmulo de Dom Pelayo
Dentro da Santa Cueva de Covadonga, escavada na rocha e com vista direta para uma cachoeira mágica, repousa uma das figuras mais importantes da história da Espanha: Dom Pelayo (Don Pelayo), o primeiro rei do Reino das Astúrias.
Dom Pelayo é lembrado como o líder da primeira grande vitória cristã contra os mouros, na famosa Batalha de Covadonga, em 722. Essa batalha é considerada o marco inicial da Reconquista — o longo processo de retomada da Península Ibérica pelos reinos cristãos.
Além disso, você pode se sentar e apreciar a beleza do local, o que pode ser revigorante.
Dia 7 – Gijón – Uma cidade vibrante na costa das Astúrias
Gijón tem uma alma jovem, com muita história, cultura, praia e gastronomia. Por lá, conheci alguns locais bem interessantes e aproveitei a vida da cidade.
Primeiramente, fomos ao escape room, um jogo interativo que jogamos entre alguns amigos. O jogo consiste em você ficar “trancado” em uma sala temática e ter um tempo limitado (normalmente 60 minutos) para resolver enigmas, encontrar pistas e cumprir missões para “escapar” ou alcançar um objetivo específico. Ele existe em vários locais, mas os amigos que estavam comigo quiseram ir para uma sala específica. Eu participei, mas confesso que não entendi muito bem tudo em espanhol.
A gente acha que é possível entender, mas a verdade é que é um idioma muito diferente. Acho que até me inspirou a aprender mais espanhol. Ainda bem que os amigos que estavam comigo sabiam mais do que eu, senão teria ficado presa e sem conseguir terminar o jogo.
Jardim Botânico Atlântico
Depois da adrenalina do escape room, seguimos então para um passeio mais tranquilo: o Jardim Botânico Atlântico.
Esse espaço lindo, por sua vez, é dedicado à conservação e à educação ambiental, com foco na flora das regiões atlânticas do mundo, especialmente da Europa. Assim, o lugar é ideal para caminhar, relaxar e se conectar com a natureza.
Além disso, lá você encontra trilhas bem cuidadas, coleções botânicas incríveis, lagos e áreas com vegetação típica do clima atlântico. Ou seja, é um verdadeiro respiro verde dentro da cidade! E não para por aí: há também interações, como um labirinto para testar seus conhecimentos sobre flores e jogos espalhados pelo jardim.

Informações práticas:
Entrada: €2,90
Horários:
De 1º de outubro a 31 de maio: aberto de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas.
De 1º de junho a 30 de setembro: aberto todos os dias em julho e agosto; nos demais meses, fechado às segundas. Horário de verão: das 10h às 21h.
Praia de San Lorenzo

Encerramos o dia com um passeio pela Praia de San Lorenzo, a mais famosa de Gijón. Seu calçadão, por sua vez, é perfeito para caminhar, correr ou simplesmente curtir a brisa do mar e o pôr do sol. Além disso, a paisagem é encantadora e a atmosfera descontraída convida ao descanso.
Se você tiver mais tempo na cidade, vale a pena visitar também as Termas Romanas de Campo Valdés, um sítio arqueológico interessante e bem preservado. E caso esteja por lá em agosto, aproveite as festas tradicionais asturianas, com muita música, dança e cultura local — uma verdadeira imersão nas tradições da região.
Dia 8 – Retorno via Santander, Cuevas e Praia de la Franca
No meu último dia pelas Astúrias, fomos em direção a Santander, já que meu voo sairia de lá às 5 da tarde.
Mas antes, fizemos algumas paradas especiais pelo caminho. Mesmo com o sentimento de despedida no ar, o dia foi cheio de encantos naturais e momentos de tranquilidade.
Cuevona de Cuevas: um túnel mágico esculpido pela natureza

Nossa primeira parada foi na Cuevona de Cuevas, um lugar que parece ter saído de um filme. Trata-se de uma caverna natural que funciona como estrada de acesso à pequena aldeia de Cuevas del Agua.
Sim, você passa de carro por dentro da caverna — mas também pode (e deve!) fazer o trajeto a pé para observar tudo com calma.
O mais impressionante é que a caverna não foi alterada artificialmente: o túnel é 100% natural, com estalactites, formações rochosas e uma iluminação suave.
Realmente, as Astúrias são um paraíso para quem gosta de natureza, calmaria e de observar a vida com calma.
Praia de la Franca – para terminar

Depois da visita à caverna, seguimos para um momento de pausa: a Playa de la Franca, uma das praias mais tranquilas e bonitas da região.
Cercada por rochas e vegetação, essa praia tem uma atmosfera acolhedora. Com mar calmo e areia clara, é perfeita para descansar, caminhar na beira d’água ou simplesmente deitar na toalha e escutar o som das ondas.
Ali, aproveitamos para desacelerar, respirar fundo e agradecer por todos os momentos vividos na viagem.
Além disso, era aniversário da minha amiga e, como eu não sou muito de presentes, paguei o almoço por lá, antes dela me levar ao aeroporto.
Foi aquele tipo de encerramento que dá vontade de ficar mais um pouco, mesmo sabendo que o caminho de volta já começou.
Conclusão
Essa foi uma das viagens mais surpreendentes que fiz nos últimos tempos. As Astúrias são selvagens, autênticas e cheias de contrastes — entre mar e montanha, tradição e modernidade.
Além disso, foi muito bom visitar esta amiga e ver o quanto ela está feliz e satisfeita com a vida por lá. Também me inspirou a algumas mudanças na minha vida, o que eu sempre digo por aqui: viajar é se perder e se encontrar ao mesmo tempo.
Está vindo para a Espanha? Venha saber O que fazer em Madrid: roteiro de 3 dias na capital da Espanha.
Se você quer uma Espanha menos turística e mais verdadeira, esse é o destino ideal, que vai te surpreender.
Asturias é uma região muito interessante da Espanha e, com toda certeza, vale a pena reservar mais dias para explorá-la. Sei que ficaram muitos lugares para conhecer, como Oviedo, a capital de Asturias, e algumas trilhas icônicas que não consegui fazer desta vez, mas quem sabe na próxima, não é mesmo?
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3 Comentários
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