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Como viajar sozinha pode transformar sua vida

Hoje em dia, muito se fala sobre viajar sozinha e como essa experiência pode ser transformadora, principalmente para mulheres que querem se libertar de conceitos e medos. Mas será que viajar sozinha é realmente bom? Ou será que algumas pessoas fazem isso apenas por não ter uma boa companhia?

Eu estou no meio da trilha, cercada de pedras e muita vegetação, aproveitando a experiência de viajar sozinha

Viajar sozinha é um grande desafio para muitas pessoas — e comigo não foi diferente. Quando você é mulher e foi criada em um país com altos índices de violência, aprende a ter certos cuidados e a ficar sempre alerta. Além disso, estar sozinha com os próprios pensamentos e lidar com julgamentos — reais ou imaginados — pode ser bastante desconfortável. Se você não estiver bem consigo mesma, essa experiência pode gerar um grande mal-estar.

Mas a verdade é que viajar sozinha pode ser maravilhoso — quando você aprende a fazer isso com segurança e acolhimento interno. Hoje, quero compartilhar como foi difícil para mim me encontrar e entender como planejar uma viagem sozinha depois de um relacionamento. Quero mostrar que viajar sozinha vale a pena e que essa experiência pode ser extremamente positiva para o autoconhecimento e crescimento pessoal

Viajar sozinha – É possível esquecer a sua primeira experiência?

Eu esqueci a minha primeira viagem sozinha. Só depois de muito tempo, refletindo e me redescobrindo, é que consegui lembrar!

Em 2023, terminei um relacionamento de quatro anos, no qual já morávamos juntos. Um dos meus maiores receios era estar sozinha novamente. Moro em outro país, a muitas horas de voo da minha família. Tinha medo de ficar doente e não ter ninguém por perto, de passar os finais de semana sozinha. E, no fundo, tinha medo de me encarar.

Apesar disso, havia uma certeza: eu já tinha enfrentado o medo de mudar de país, começar do zero e aprender um novo idioma. Não seria o medo de estar sozinha que me impediria de recomeçar. Foi nesse contexto que decidi comprar uma passagem para a Suíça — um destino que sempre quis conhecer, mas que nunca tinha saído do papel. A princípio, seriam apenas três dias. Mas, após várias conversas com minha psicóloga, percebi que essa viagem seria um símbolo do meu renascimento.

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Planejei, mas não fui viajar sozinha

Mesmo com a passagem comprada, roteiro pronto e hospedagem reservada (em quarto feminino — dica que sempre recomendo!), chamei uma amiga para ir comigo. E foi ótimo! Mas, como o objetivo era encarar a viagem sozinha, ainda não foi dessa vez…

Lembranças esquecidas: eu já tinha ido viajar sozinha antes?

Num desses momentos de reflexão, sentada num bar com uma taça de vinho, depois de mais um final de semana em que não me senti bem com meu ex, escrevendo no meu caderno (sim, minha psicóloga me viciou em escrever), lembrei: eu já tinha viajado sozinha antes! Só que havia apagado isso da memória.

  • Belo Horizonte, para fazer um concurso.
  • Lisboa, quando precisei resolver documentos sozinha.
  • Porto, para resolver burocracias e explorar a cidade, enfrentando pequenos desafios sozinha, como problemas com Airbnb e celular com pouca bateria.
Foto no centro do Porto, uma das primeiras vezes que fui viajar sozinha.

A conclusão? Meu medo de viajar sozinha estava mais na minha cabeça do que na realidade.

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Solitude x Solidão – A grande verdade sobre viajar sozinha

Estar só e estar em paz consigo mesma são duas coisas diferentes. A sensação de estar sozinho pode deixar muita gente acuada, com medo e tristeza. Mas quem aprende que estar só por escolha própria, de forma consciente e voluntária, descobre que a solitude não tem preço — que a ausência de companhia não é um problema, mas uma oportunidade de reencontro com a própria essência.

Demorou um tempo para eu entender que viajar é uma das melhores formas de se perder e se reencontrar. E foi justamente uma viagem inesperada que me mostrou isso e todo o poder que a solitude tem sobre nós.

Foto típica da Toscana, fazendo sinal de paz em frente à paisagem. Viajar sozinha é bom!

A viagem que mudou tudo: Sevilha

Depois de finalmente encerrar meu antigo relacionamento, fui ao Brasil visitar minha família. Na volta, tive uma conexão de 8 horas em Nova York e aproveitei para dar uma volta rápida pela cidade. Peguei o trem, conheci a Times Square, almocei no Central Park. Foi libertador fazer tudo no meu tempo. No entanto, também foi uma viagem cansativa, já que ainda teria mais 12 horas de voo.

Foi em Sevilha, na Espanha, que a virada aconteceu.

Como minha melhor amiga viria de Madrid no domingo, e eu não tinha voo direto de onde moro, decidi chegar antes. Peguei um voo na sexta, deixei a mala no hotel e fui explorar a cidade.

Tomei café da manhã em uma padaria local, comprei dois vestidos lindos que me fizeram sentir mais leve com o calor, almocei uma deliciosa salada de polvo com manga acompanhada de uma sangria, e me perdi pelas ruelas.

Praça da Espanha em Sevilha, comigo na frente e um estranho tirando minha foto, provando que viajar sozinha é possível.

Lembro que, quando estava voltando, me emocionei com o fato de estar caminhando sem pressa, no meu tempo, gostando do dia. Lembro de ter pegado um sorvete, me sentado um pouco ali, respirado… e me sentido muito bem com aquele momento.

E, pela primeira vez em muito tempo, me senti inteira, presente, dona da minha própria história. Sim, eu me perdi diversas vezes até chegar ali, e por diversas vezes duvidei do que estava fazendo e de como estava vivendo minha vida, mas naquele momento… tudo fez sentido novamente.

Ao contrário do que pensei, não me senti julgada por estar sozinha. Pelo contrário — observei mais ao meu redor, me conectei mais com a cultura, tentei falar espanhol, conversei com locais. Me senti viva.

Conclusão: não espere estar “pronta” para viajar sozinha

Se você está pensando em viajar sozinha, saiba que é normal ter medo. E sim, você deve se planejar, pesquisar, se cuidar. Mas não deixe que o medo te paralise.

Para viajar com segurança eu preparei aqui algumas dicas que sempre uso – Acesse aqui e saiba mais!

viajar sozinha e um prazer se estiver preparado.

Para você entender como viajar sozinha pode mudar sua vida: eu tenho uma amiga que, depois de 11 anos de relacionamento, decidiu comemorar o próprio aniversário viajando sozinha para países onde se fala pouquíssimo inglês. Eu sei que ela teve suas próprias batalhas por lá, mas ela se manteve firme, se redescobriu, saiu de um relacionamento tóxico e hoje está vivendo sua melhor versão.

Talvez, mesmo sem perceber, você já tenha começado essa jornada de autodescoberta. E a melhor parte é que você não precisa de ninguém além de você mesma para continuar.Viajar sozinha pode ser tao transformador que você não vai querer parar!

Viajar sozinha pode ser tao transformador que você não vai querer parar!

Me conta:

Você já viajou sozinha? Como foi essa experiência? Única e inesquecível — ou um desastre cheio de aprendizados? Valeu a pena?

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Perguntas Frequentes

1. É normal sentir medo antes de viajar sozinha?

Totalmente normal! Principalmente quando você não está se sentindo bem consigo mesma. O medo, na verdade, é só um sinal de que você está saindo da sua zona de conforto — e isso é algo muito bom. Quase todo mundo sente aquele frio na barriga antes da primeira viagem solo. Com o tempo, esse medo se transforma em confiança e orgulho por ter dado o primeiro passo. E o mais importante: cada um vive essa experiência de um jeito único.

2.Por que viajar sozinho é bom?

Viajar sozinha é se permitir descobrir o mundo… e a si mesma. É aprender a amar a própria companhia, se abrir para novas experiências, conhecer pessoas diferentes, provar sabores inesperados e viver momentos só seus.
É uma sensação de liberdade que poucas coisas oferecem. Você decide seu ritmo, suas aventuras e até suas pausas — sem pressa, sem pressões. Muitas experiências que a gente nem tenta quando está acompanhada se tornam possíveis.
Como mulher, confesso que já senti medo de viajar sozinha, preocupada com olhares ou situações estranhas. Mas aprendi que, com alguns cuidados simples, a maior parte dos receios está apenas na nossa cabeça. E é justamente enfrentando esses medos que descobrimos o quanto somos fortes, corajosas e capazes de nos surpreender.

3.É seguro viajar sozinha?

Sim, é seguro — desde que você tome alguns cuidados. Pesquisar sobre o destino, escolher bem a hospedagem, avisar alguém sobre seus planos e confiar na sua intuição fazem toda a diferença. O segredo é se preparar bem e agir com consciência, como faria em qualquer outro momento da sua vida, eu preparei algumas dicas de segurança que tomaria na primeira vez que for viajar sozinha para você, e só clicar aqui para saber mais.

4. O que é melhor: viajar sozinho ou em grupo?

Depende do que você está buscando. Eu diria que o ideal é viver as duas experiências. Cada uma traz um tipo diferente de aprendizado — e as duas podem ser incríveis, desde que façam sentido pra você naquele momento.
É importante lembrar que nem todo mundo gosta de viajar em grupo: às vezes é complicado lidar com os ritmos e preferências de cada pessoa — aquele que quer parar mais para fotos, outro que prefere comer ou descansar mais.
Já viajar sozinha te dá liberdade, silêncio e tempo pra se ouvir — é um mergulho interno e uma chance de fazer tudo no seu próprio ritmo

5. Quais são as desvantagens de viajar sozinha?

Viajar sozinha é incrível, mas também tem seus desafios. Para mim, as desvantagens estão principalmente relacionadas à segurança, especialmente à noite ou em alguns locais, e aos custos de hospedagem, caso você não queira ficar em um hostel.
Além disso, nem sempre estamos no clima de ficar sozinhas — e, às vezes, ter uma boa companhia pode tornar a viagem ainda mais divertida. Tudo depende muito do seu momento.
Mesmo com esses pontos, os aprendizados e a sensação de liberdade costumam compensar cada desafio.
Recomendo que você se aventure pelo menos uma vez na vida a viajar sozinha!
Quer que eu fale mais sobre as desvantagens ou sobre como encontrar a companhia certa? 💬
Deixa nos comentários!

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